SIR ARTHUR CONAN DOYLE

Filho de um inglês de ascendência irlandesa – Charles Altamont Doyle – e de uma mãe irlandesa – com nome de solteira Mary Foley – que se casaram em 1855.[2] Família rigorosamente católica, herdando da mãe o caráter cavalheiresco, tendo sido ela quem lhe ministrou as primeiras letras.[3]
Embora ele seja hoje conhecido como “Conan Doyle”, a origem de seu sobrenome composto (se é que ele queria que esse nome fosse assim entendido) é incerta. O seu registro de batismo na Catedral de Santa Maria em Edimburgo afirma que “Arthur Ignatius Conan” é seu nome cristão, e apenas “Doyle” é seu sobrenome. O batismo também intitula Michael Conan como seu padrinho.[4]
Conan Doyle foi enviado para o curso preparatório num colégio jesuíta da vila de Hodder Place, Stonyhurst (em Lancashire) quando tinha nove anos. Matriculou-se em seguida no Colégio Stonyhurst mas, em 1875, quando concluiu o colegial, rejeitava o cristianismo e se tornou agnóstico; esse questionamento surgiu de sua admiração pelo escritor Thomas Babington Macauley, que se dizia agnóstico e, após ouvir uma preleção onde um padre afirmara que os não-católicos iriam para o inferno, seus questionamentos fizeram-se mais agudos. Mais tarde outro agnóstico viria a influenciá-lo – Dr. Bryan Charles Waller. Literariamente, foi fortemente marcado por Walter Scott e Edgar Allan Poe, além de Macauley.[3]
Entre 1876 e 1881, ele estudou medicina na Universidade de Edimburgo, passando também um tempo na cidade de Aston (hoje um distrito de Birmingham) e em Sheffield.[5] Em 1878, por exemplo, trabalhou por três semanas, em troca de casa e comida, como médico aprendiz nos subúrbios de Sheffield, de cuja experiência relatou em carta: “Esta gente de Sheffield preferiria ser envenenada por um homem com barba do que ser salva por um homem imberbe“.[3]
Enquanto estudava, começou a escrever pequenas histórias; sua primeira obra foi publicada antes de completar os 20 anos, aparecendo no Chambers’s Edinburgh Journal.[6] Ainda estudante teve sua primeira experiência naval, como médico numa baleeira, onde ficou sete meses no Oceano Ártico.[3]
Após a sua formação na universidade, em 1881, serviu como médico de bordo no navio “Mayumba” em viagem à costa Oeste da África mas em outubro daquele ano a embarcação passou por sérias dificuldades no mar e, quando retornou a Liverpool no ano seguinte, Doyle escreve a sua mãe – que o incentivara nesta aventura – dizendo que não mais embarcaria pois “o que ganho é menos do que poderia ganhar com a minha pena ao mesmo tempo, e o clima é atroz.”[3]
Completou seu doutorado versando sobre tabes dorsalis em 1885.[7]
 

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