Trocas sociais
Trabalho e sociedade
Trabalho é toda atividade que o indivíduo realiza usando os elementos da produção e transformando a matéria-prima em um bem.
O trabalho existe desde as sociedades tribais.
As sociedades ocidentais almejam o lucro, pois para os indígenas o lucro caracteriza-se pela vida e pela forma como passam os dias.
O trabalho na época antiga, basicamente na Grécia e em Roma, era distinto da sociedade moderna, pois não o entendiam como o entende a sociedade atual e dividiam-no em trabalho braçal (trabalho na terra); trabalho manual (trabalho do artesão); e trabalho intelectual (trabalho com a palavra); havendo também uma classe de ricos e senhores notáveis que viviam de renda e não eram obrigados a realizar nenhuma atividade, a não ser discutir os assuntos da cidade e o bem-estar dos cidadãos.
Na sociedade feudal, o trabalho era entendido como algo vinculado à terra, mas outras formas de trabalho também existiam, como o artesanato.
Na sociedade atual, a sociedade capitalista, o trabalho é considerado uma transformação da força em bens, que podem ser vendidos ou adquiridos.
Toda atividade desenvolvida pelo ser humano, física ou mental, é considerada trabalho.
Quanto à execução, o trabalho pode ser classificado em qualificado (requer um grau de aprendizagem) ou em não qualificado (realizado, praticamente, sem aprendizagem).
É importante lembrar que, do total de pessoas ocupadas no Brasil, estão contabilizadas aquelas sem carteira de trabalho assinada em registro, ou seja, trabalhadores cuja ocupação é informal: prestadores de serviços, vendedores ambulantes, artesãos, etc.
Essas mudanças geraram na sociedade a visão da competição e do conflito.
A acumulação de capital no mundo ocidental tornou-se muito grande por volta de 1840
Resultou nos avanços da industrialização, fortalecendo a indústria e o sistema bancário prosperou em muitas nações ocidentais. A produção de mercadorias em grande escala deveu-se a três fatores essenciais: a grande acumulação de capital, a produtividade cada vez maior e máquinas aperfeiçoadas.
No século XIX o desemprego passou a ocorrer continuamente.
Nessa época, as ideias dos socialistas utópicos desenvolveram-se por meio de Charles Fourier, Pierre Proudhon e Robert Owen.
O socialismo científico tinha como objetivo básico acabar com as desigualdades sociais, rompendo com a ordem capitalista.
Para eles, o modo de produção capitalista é apenas uma etapa do processo histórico, em que classes dominantes exploram o trabalho dos outros.
O Estado
O Estado caracteriza-se por ser a instituição social que é destinada a sustentar a organização política de um povo, sendo o alicerce de controle social das nações e o elemento que promulga e aplica a lei, mantendo a ordem.
Tem estrutura administrativa e soberania sobre determinado território, quer dizer, o Estado é moderno, autônomo e independente de qualquer outra autoridade.
Sua função social é uma necessidade democrática da sociedade e não pode ser negligenciada.
Inclui os serviços públicos, a segurança pública e o bem-estar de todos.
A meta principal do Estado deve ser o desenvolvimento justo e viável para todos.
O Estado acabará exercendo a sua real função dentro da sociedade humana, como suporte para efetiva evolução em paz e harmonia.
Thomas Hobbes escreveu Leviatã, obra em que desenvolveu seus pontos de vista sobre a natureza humana, apontando a necessidade de uma autoridade inquestionável à qual todos os membros de uma sociedade deveriam se render.
Movimento social e movimento operário
O conflito é um elemento que faz parte de todo movimento social, pois o pensamento de conflito é particular dentro do modelo de análise histórico-estrutural, que se fundamenta, essencialmente, na teoria marxista, e, conforme alguns autores, é a explicitação da contradição social.
A conceituação de movimento social não está ligada especificamente à conceituação de conflito.
O projeto, a ideologia e a organização são elementos constitutivos do movimento social. Para esse movimento existir é preciso um objetivo, a ideologia – que é a reunião de pensamentos particulares a um grupo delimitado, visando aos interesses do grupo, pressupondo homogeneidade e objetivo; e a organização é fato necessário a todo o movimento social
O movimento operário sempre teve como objetivo livrar a sociedade da destruição capitalista e, para isso, o projeto, a ideologia e a organização estão sempre presentes.
Na segunda metade do século XIX, o movimento operário assumiu uma dimensão internacional, havendo uma exploração sem limites dos trabalhadores das indústrias.
O movimento operário tem respaldo de uma teoria revolucionária.
As condições nas fábricas eram péssimas: trabalhos excessivos sob condições subumanas, pois não possuíam iluminação nem ventilação. As mulheres e crianças também eram exploradas.
Restava aos trabalhadores o cansaço e a alimentação incorreta, além de uma disciplina exploradora dentro da fábrica.
No começo, essas lutas foram isoladas, mas começaram a ser mais constantes e organizadas.
As ideias socialistas começaram a ressurgir com pensadores como Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen.
Mas, esses pensamentos – comunidades socialistas, uma propriedade que gerava benefício a todos etc. – não vingaram, porém repercutiram de forma positiva no movimento operário.
Além dessa influência tão poderosa dos socialistas utópicos, outra influência muito importante foi a do movimento cartista, que recebeu esse nome por fundamentar-se na Carta do Povos.
Em 1847, sua grande vitória foi a diminuição da jornada de trabalho, na Inglaterra, para 10 horas diárias.