Textos narrativos

Textos narrativos
 
Conto 
O conto é uma narrativa dramática curta, com uma única célula dramática. Apresenta poucas personagens e as que existem estão envolvidas em uma única ação. O tempo pode ser cronológico ou psicológico, mas costuma ser curto, assim como o espaço. Neste tipo de texto, conta-se uma história que pode ter caráter real ou fantástico. Geralmente, narra-se um fato inusitado, mas possível, que pode acontecer na vida de alguém, apesar de não ser muito comum. A linguagem dos contos é simples e direta, sem muitas figuras de linguagem, e todas as ações narradas encaminham-se direto para o desfecho da história.
 
Romance
O romance é uma narrativa ficcional composta por mais de uma célula dramática. Ao longo da história do núcleo principal, desenvolvem-se paralelamente outras histórias com outros personagens. A estrutura dessa narrativa é mais complexa que a de um conto. É errado associar romance apenas a histórias de amor, pois nesse tipo de texto podem ser narrados os mais diversos enredos. O nome romance tem origem no Romantismo, que é o período em que esse tipo de narrativa se popularizou, mas o surgimento se deu no Realismo. O romance é um texto longo, de modo que há uma grande quantidade de acontecimentos narrados, e o tempo em que estes se desenrolam também é grande. Já a linguagem é bastante variável.
 
Novela
A novela é composta por uma única célula dramática, ou seja, trata-se de uma narrativa ficcional que acompanha a trajetória de um personagem, mas que se relaciona com outros personagens. Geralmente tem uma extensão maior que o conto e utiliza menos recursos narrativos que o romance. A origem da novela encontra-se nos folhetins que eram publicados nos jornais.
 
Relato
Este é, provavelmente, o gênero textual que mais praticamos: o relato. Quando encontramos um(a) amigo(a) e contamos sobre nossa vida, ou ao chegarmos em casa, à noite, e narrarmos aos familiares como foi o nosso dia, fazemos relatos de experiência vivida. As fofocas e os “causos” também são exemplos de relato.
Podemos dizer que o relato é a narração de uma história que aconteceu com quem está contando (experiência vivida) ou com outra pessoa (experiência presenciada). E já que é narração, terá enredo e personagens. A experiência a ser narrada pode ser vivida ou presenciada, o relato pode ser em primeira ou terceira pessoa; então, antes de sair escolhendo por conta própria, observe se há prova específica nesse sentido.
 
Parábola
A parábola é uma narrativa com o mesmo objetivo da fábula, o de trazer algum ensinamento. Porém, na parábola, os personagens são seres humanos. Existem muitos exemplos de parábolas no “Novo Testamento” da Bíblia, contadas por Jesus Cristo.
 
Apólogo
O apólogo é uma narrativa semelhante à fábula e à parábola, pois também visa apresentar uma lição de sabedoria. Porém, no apólogo, as personagens alegóricas podem ser as mais diversas, animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou materiais.
 
Anedota
A anedota, ou piada, é um tipo de narrativa feita para motivar o riso. Ocorre com maior frequência na linguagem oral do que na escrita. Sua estrutura, geralmente, é breve, e o final da história costuma surpreender pelo inusitado, mas o desenvolvimento também pode ser recheado de situações engraçadas. Na oralidade, depende muito da capacidade de oratória do intérprete.
 
Lenda
As lendas são histórias fictícias populares, contadas de geração para geração. Nessas histórias, realidade e fantasia estão intimamente ligadas. O autor das lendas é o próprio povo. Há lendas que se espalharam pelo mundo todo, mas ocorrem variações de um lugar para outro. As mais famosas fazem parte do folclore de cada nação, como as lendas brasileiras do saci-pererê, curupira, boitatá, entre outras. A lenda do lobisomem é contada no mundo inteiro.