Textos argumentativos
 
Artigo de opinião
O nome deste gênero textual é autoexplicativo: artigo de opinião, ou seja, é um texto que alguém escreve para revelar sua opinião sobre determinado assunto. As semelhanças com um texto dissertativo e um editorial são muitas, pois nos três tipos de texto o objetivo principal é a defesa de uma tese, a apresentação de um ponto de vista. Mas, então, o que diferencia o texto opinativo dos demais? O artigo de opinião é pessoal, a opinião que ele revela é a de um sujeito discursivamente constituído e isso deve estar evidente. Assim, é interessante que o autor construa uma máscara para esse sujeito, devendo escrever seu texto colocando-se como um indivíduo específico.
Há muitos exemplos de artigos de opinião publicados em meios de comunicação. Em alguns, a construção dessa máscara do sujeito da enunciação não aparece tão evidente. Nesse contexto, precisamos levar em conta duas questões. A primeira é que, nas publicações dos meios de comunicação, aparece o nome do autor, diferentemente da construção do sujeito. Basta lembrar que ao ler Clóvis Rossi na Folha de São Paulo, ou Diogo Mainardi na Veja, o leitor já sabe muito sobre esses escritores, logo, eles não precisam se apresentar. A segunda é que, quando estamos sendo avaliados, como é o caso do vestibular, devemos evitar qualquer equívoco, de modo que é melhor escrever cada gênero exatamente de acordo com o que o caracteriza e diferencia dos demais.
 
Carta argumentativa
Todas as cartas têm uma característica que as distingue dos demais gêneros: envolve sempre um remetente e um destinatário. A partir disso, estabelecem-se as outras propriedades deste gênero textual. No caso da carta argumentativa, trata- se de um tipo de texto que é escrito para convencer um interlocutor específico a pensar como eu penso, a atender um pedido meu, entre outras formas de convencimento. Por envolver remetente e destinatário, a carta precisa ser escrita na primeira pessoa do singular e é preciso dirigir-se ao leitor.
 
Carta do leitor
A carta do leitor é um texto enviado a um jornal ou a uma revista por um leitor daquela publicação. Nessa carta, o leitor pode expressar sua opinião sobre os assuntos abordados pelo meio de comunicação, criticar a forma como essa abordagem foi feita, fazer elogios, dar sugestões, trazer reflexões sobre os assuntos em pauta, entre outras formas de interação entre leitor e jornal/revista. Além de ser uma forma de o leitor expressar sua opinião, tornando públicas as suas ideias, as cartas do leitor também servem para os meios de comunicação mensurarem o que tem agradado ou não a opinião pública. Ao escrever uma carta do leitor, é importante ser breve e especificar o assunto abordado. A linguagem deve ser clara, formal e respeitosa. Não faça ofensas, senão sua carta não será publicada.
 
Editorial
O editorial é um texto com função bem determinada: emitir o posicionamento oficial de uma empresa de comunicação sobre determinado assunto. Isso significa que a Folha de São Paulo, O Estado de Minas e todos os veículos de comunicação publicam editoriais para que os seus leitores conheçam a opinião deles sobre algum tema.
Ao ler os editoriais você perceberá que suas características são muito parecidas com as de um texto dissertativo. Isso porque o gênero editorial enquadra-se na tipologia dissertação. Assim, o editorial é um texto em prosa, com título, cuja estrutura é composta de introdução, desenvolvimento e conclusão.
 
Resenha
De maneira geral, a resenha é um texto que expressa a opinião de seu autor sobre um objeto ou fato cultural. Por exemplo, um filme, um livro, uma peça de teatro, uma exposição, um show, etc. A resenha também apresenta uma síntese da obra, mesclando descrição do objeto resenhado e comentários do autor da resenha. Existem, basicamente, dois tipos de resenha: a crítica e a descritiva.
As partes que devem constar em uma resenha e a diferença entre os dois tipos são:

  1. Identificação da obra: dados essenciais da obra resenhada, como autor, local e data em que foi lançada;
  2. Apresentação da obra: síntese do conteúdo a ser resenhado a fim de situar o leitor;
  3. Descrição da estrutura: apresentação da divisão em capítulos, do número de páginas do texto, da duração do filme ou do espetáculo, etc.;
  4. Descrição do conteúdo: descrição mais detalhada do conteúdo resenhado;
  5. Análise crítica: parte em que o autor da resenha revela sua opinião, argumentando de maneira crítica e fundamentada em outros autores;
  6. Recomendação da obra: informa-se para quem o texto realmente é útil, com base em idade, escolaridade, renda, profissão, área de estudo, etc.;
  7. Identificação do autor: informa-se quem é o autor da obra que foi resenhada (não o autor da resenha), resumindo sua vida e citando outras obras feitas por ele;
  1. Assinatura e identificação: o autor informa seu nome e algo que o identifique, como profissão ou curso e instituição em que estuda.

 
Na resenha crítica devem constar todas essas partes. Na resenha descritiva, a parte 5 é descartada.

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