A abdicação de Dom Pedro I significou a consolidação do processo de independência; os portugueses não mais interferiam no governo brasileiro.
O período da Regência foi muito agitado, pois os interesses das classes dominantes – proprietários de terras – passaram a ser os interesses do próprio Brasil.
A Regência subdivide-se em três partes: Regência Trina Provisória; Regência Trina Permanente; e Regência Una.
Quando Dom Pedro I abdicou, seu filho, Pedro de Alcântara, tinha apenas 5 anos de idade. De acordo com a Constituição, o Brasil deveria ser governado por um regente até que o novo imperador completasse 15 anos.
Três pessoas foram escolhidas para um mandato de dois meses. Durante esse período, várias medidas foram tomadas, tais como:

Foi um período de intensa agitação social e política.
Nessa época, os três partidos políticos mais importantes eram:

Os proprietários rurais tomaram o poder por meio do Partido Moderado, que utilizou a repressão policial e algumas reformas para agradar os liberais. Esse partido deu maior autonomia aos municípios e o poder foi descentralizado.
Em outubro de 1835, foi eleito padre Diogo Antônio Feijó. Ele se revelou um péssimo administrador e brigou com a maioria dos líderes políticos da época.
Para piorar, enfrentou duas rebeliões: a Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e a Cabanagem, no Pará. Em setembro de 1837, Feijó renunciou. No lugar dele, assumiu Pedro de Araújo Lima.
O grupo que o apoiava era formado pelos cafeicultores de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Eram conhecidos como oligarquia e tomaram o controle do país.
Os proprietários rurais do Nordeste estavam perdendo poder.
Os liberais acreditavam que só a antecipação da maioridade de Dom Pedro de Alcântara poderia trazer calma ao país.
 
Clube da Maioridade
Campanha “maiorista”
Em julho de 1840, uma comissão de senadores e deputados solicitou que o Imperador, na época com 14 anos, assumisse o trono. Ele aceitou. Encerra-se o período da Regência.
Revoltas durante a Regência
 
CABANAGEM – PARÁ (1835-1840) 
Revolta popular com participação dos índios e mestiços. Eles protestavam contra a miséria do povo e a nomeação de governadores estranhos à Província do Pará. Mais de 40 mil pessoas morreram.
A revolta foi duramente sufocada pelas tropas imperiais; após um ano de lutas sangrentas, os últimos cabanos se renderam.
Essa revolução pretendia separar o Pará do resto do Brasil.
 
SABINADA – BAHIA (1837-1838) 
O líder foi o médico Francisco Sabino da Rocha Vieira. A Sabinada queria separar a Bahia do resto do Brasil. Salvador chegou a ser ocupada.
Quatro meses depois, o governo enviou tropas legalistas que sufocaram a rebelião, matando seus líderes.
 
A BALAIADA – MARANHÃO (1838-1841) 
Foi uma revolta de caráter popular, com participação de negros, mestiços e gente humilde do sertão. Sua causa foi a crise econômica.
Os líderes foram Preto Cosme e Manuel Ferreira.
Os balaios exigiam a demissão de todos os portugueses que estavam no governo. Este, por sua vez, mandou tropas para o Maranhão e reprimiu a revolta com muita violência.
 
GUERRA DOS FARRAPOS – RIO GRANDE DO SUL (1835-1845)
Foi a mais longa revolta da História do Brasil. A economia do Rio Grande do Sul tinha como base a carne bovina (charque).
Os farroupilhas lutavam por maior autonomia, contra a centralização do império e contestavam os tratados comerciais que favoreciam a Argentina e o Uruguai.
Em 1836, os farroupilhas (como eram conhecidos os revoltosos) proclamaram a República Rio-grandense. Depois, foram para Santa Catarina, onde lutou o famoso revolucionário italiano Garibaldi, e proclamaram a República Juliana. Foram vencidos pelas tropas do governo.
Essa rebelião difere das demais, pois as massas não se desvincularam das elites.

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