A ONU foi criada em outubro de 1945 para assegurar a paz mundial, conter a corrida armamentista e despertar a cooperação entre os países.
Essa organização internacional é composta por seis órgãos principais. O Conselho Econômico e Social possui instituições com sede em diversas cidades.
 
A bipolarização do mundo
A situação política mundial iria conhecer novos rumos em virtude do afastamento dos países europeus da condição de grandes potências, e, especialmente, duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética.
 
PLANO MARSHALL
Seu objetivo era conter a expansão socialista na Europa. Os países capitalistas do Oeste receberam ajuda econômica, o que garantiu a estabilidade política, econômica e social da Europa. Por meio desse plano organizações econômicas foram criadas.
 
O BLOCO SOCIALISTA
A União Soviética, de regime socialista, com a economia estatizada e planificada, estava alicerçada em um partido único e gozava de homogeneidade social. A URSS enfatizava questões relacionadas a educação, saúde e cultura.
Os críticos ocidentais ao socialismo acusavam a falta de liberdade, a existência de campos de concentração, a violação dos direitos humanos, a imposição do modelo soviético aos países do Leste
Europeu e o serviço secreto (KGB), que controlava a vida dos cidadãos.
Entretanto, a União Soviética estendeu sua área de influência.
Os soviéticos criaram o Pacto de Varsóvia como resposta às alianças militares organizadas pelos Estados Unidos.
 
A GUERRA FRIA
Origens
Envolvimento inglês e norte-americano na construção de um discurso que procurava mostrar os perigos do expansionismo soviético.
Por que Guerra Fria?
A Guerra Fria era um conflito diferente dos tradicionais, uma vez que os dois países envolvidos não se enfrentaram do ponto de vista militar.
Todos sabiam que um conflito aberto envolvendo as duas superpotências colocaria um ponto-final na História, já que não havia a mínima possibilidade de sobrevivência a uma guerra nuclear.
No âmbito político-militar, surgiram novas alianças, que foram lideradas, de um lado, pelos Estados Unidos, e de outro, pela URSS: a OTAN e o PACTO DE VARSÓVIA, respectivamente.
Foram longos anos de Guerra Fria, havendo o risco iminente de uma III Guerra, com o provável uso de armas nucleares.
Mikhail Gorbatchov, eleito em 1985, provocou grandes alterações na URSS: ele instituiu mudanças econômicas, conhecidas como Perestroika, e transparência governamental, denominada de Glasnost. Seu intuito era o de pôr fim à Guerra Fria.
O desmembramento da URSS pôs fim à guerra.
A queda do muro de Berlim (1989-1990) marcou o início de uma nova era das relações internacionais.
 
A descolonização afro-asiática
Até o final da II Guerra Mundial, apesar de algumas resistências, os impérios coloniais permaneciam praticamente intocáveis.
Os fatores que possibilitaram a descolonização foram:

O continente africano foi o espaço colonial mais explorado pelos europeus.
Com o enfraquecimento das potências, a primeiras nações africanas começaram a se emancipar de suas colônias.
Em 1955 foi realizada a Conferência de Bandung, que reuniu 29 países e tinha como objetivo negar a divisão do mundo em capitalistas e socialistas, demonstrando, assim, uma política de não alinhamento dos países recém-fundados.
O processo de independência africana foi marcado por conflitos violentos. Houve verdadeiros massacres nesse processo.
As últimas independências aconteceram nas colônias de dominação portuguesa.
A independência dos países africanos não trouxe melhorias de vida para a população.
A seca ainda assola boa parte do território africano.
As diferenças étnicas separaram brancos e negros na África do Sul. A minoria criou o Apartheid – política de segregação racial.
No entanto, em 1994 Nelson Mandela pôs fim a essa segregação racial.
Na Ásia, o processo de descolonização refletiu-se em inúmeros conflitos entre os nacionalistas e as potências estrangeiras.
 
A INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA
O processo indiano de independência merece especial destaque. A principal figura no processo foi Mohandas K. Gandhi (chamado de Mahatma, que quer dizer “Grande Alma”). Ele conseguiu a independência da Índia do império Britânico de forma pacífica e não violenta.
A independência da Índia somente foi obtida após a Segunda Guerra Mundial, em 1947. Gandhi foi assassinado em 1948 devido a disputas entre paquistaneses e indianos.
 
GUERRA DA COREIA
Somente com a derrota japonesa, a Coreia tornou-se independente, em 1945. Ao norte, houve a ocupação de tropas soviéticas, que instauraram um governo socialista. Os Estados Unidos ocuparam o sul. A guerra teve início em 1950 e somente em 1953 as negociações de paz delimitaram a fronteira dos dois países.
 
A GUERRA DO VIETNÃ
O Vietnã fazia parte do império colonial francês. Em 1954, os vietnamitas expulsaram as últimas tropas francesas. O país foi dividido em Vietnã do Norte (socialista) e Vietnã do Sul (capitalista).
Em 1965, os Estados Unidos começaram a enviar soldados para combater os guerrilheiros comunistas sul-vietnamitas. Os guerrilheiros e o Exército norte-vietnamita impuseram aos norte-americanos pesadas baixas. Portanto, os Estados Unidos não conseguiram manter suas posições militares no país. A Guerra do Vietnã gerou muita insatisfação por parte da opinião pública norte-americana.
Sem apoio militar, o Vietnã do Sul se rendeu em 1975 e o país voltou a se unificar.
 
A REVOLUÇÃO CHINESA (1949)
Os chineses viram-se em uma acirrada disputa pelo poder. De um lado estavam os socialistas, liderados por Mao Tsé-tung; e, do outro, estavam os nacionalistas e capitalistas. A vitória coube aos socialistas.
Nos dias de hoje, o governo socialista de Pequim considera Taiwan uma província rebelde.
 
A questão árabe-israelense
Desde o século XIX judeus migravam para a Palestina na esperança de construírem um Estado na região. Em 1947, a ONU decidiu pela partilha da Palestina entre judeus (Transjordânia) e árabes (Cisjordânia).
 
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA (1948)
Um dia após a criação oficial do Estado de Israel, os árabes rebelaram-se e foram facilmente derrotados pelos israelenses.
 
A GUERRA DO SINAI (1956)
Foi um conflito entre Egito e Israel com a vitória de Israel, que tomou posse da península do Sinai.
 
A GUERRA DOS SEIS DIAS (1967)
Inconformados com a postura expansionista dos israelenses, os árabes planejavam um novo ataque a Israel.
Israel ocupou cerca de 70 mil quilômetros de território árabe.
 
A GUERRA DO YON KIPPUR (1973)
Os sírios ocuparam as colinas de Golã e os egípcios, os poços petrolíferos. A resposta israelense foi arrasadora. Depois do conflito, os árabes utilizaram-se do petróleo como forma de pressionar as potências industriais.
 
AMÉRICA LATINA
Depois da independência, os países latino-americanos herdaram as antigas estruturas coloniais. Esses países continuaram como exportadores de matéria-prima e consumidores de produtos industrializados. Contudo, vários movimentos socialistas incentivados pela URSS surgiram nos anos 1950. Em contrapartida, houve a instauração de ditaduras militares com apoio norte-americano.
 
A REVOLUÇÃO CUBANA
Cuba foi um dos últimos países da América Latina a obter sua emancipação política. O país saiu da tutela espanhola para cair nos braços dos Estados Unidos. Em 1959, Fidel Castro e Che Guevara lideraram um movimento guerrilheiro que depôs o ditador Fulgêncio Batista. O forte apoio popular fez com que os laços fossem estreitados com a URSS, declarando Cuba uma república socialista.
Em resposta, os Estados Unidos decretaram um embargo econômico e incentivaram uma frustrada intervenção militar.
Ao longo das décadas de 1960 e 1970, o modelo produtivo da URSS entrou em crise. Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu a presidência do país e realizou reformas que ficaram conhecidas como perestroika (abertura) e glasnost (transparência). Em seu governo foi autorizada a existência de empresas de capital privado, impulsionando a inserção da URSS no capitalismo, com a descentralização das decisões políticas.
Apoiado pela população, o presidente da Federação Russa, Boris Yeltsin, liderou um contragolpe que redundou na fragmentação, em 21 de dezembro de 1991, da URSS; o Império soviético extinguiu-se.
 
A REUNIFICAÇÃO DA ALEMANHA E A CRISE NO LESTE EUROPEU
Com as reformas promovidas por Gorbatchev, as populações desses países-satélite começaram a reivindicar mudanças; e elas vieram bem rápido.
Hungria, Bulgária e Tchecoslováquia foram exemplos de emancipações que ocorreram de forma pacífica.
Na Polônia, cumpre destacar o papel do Sindicato Solidariedade e da Igreja Católica na transição para a democracia.
Na Alemanha Oriental, o ditador Erich Honecker deixou o poder. Com isso, ficou mais fácil a reunificação da Alemanha, separada desde o final da Segunda Guerra Mundial. Com a queda do muro de Berlim, considerou-se acabada a Guerra Fria.
A Iugoslávia foi o país que sofreu o maior trauma com o colapso do socialismo. O governo iugoslavo, de predominância sérvia e liderado por Slobodan Milosevic, resistiu às intenções separatistas, reprimindo-as violentamente. Essa guerra só teve fim depois de exaustivas negociações de paz e da interferência das tropas de paz da ONU. A Iugoslávia, arrasada pelas guerras, ficou reduzida às repúblicas da Sérvia, da Macedônia e de Montenegro.
Com o colapso do socialismo, podemos dizer que o capitalismo saiu vitorioso da Guerra Fria.
A última década do século XX foi marcada pela supremacia militar norte-americana.
 
GUERRA DO GOLFO (1991)
Interessados em expandir suas reservas petrolíferas, o Iraque, comandado pelo ditador Saddam Hussein, invadiu o Kuwait em 1990. A resposta dos EUA foi rápida.
Um novo modelo de guerra foi inaugurado com a utilização de tecnologia de ponta. A vitória da coligação mostrou ao mundo o papel dos Estados Unidos na nova ordem mundial que se seguiu após a queda do muro de Berlim: a polícia do mundo.
O final do século XX presenciou verdadeiras mudanças no capitalismo, como o desenvolvimento tecnológico e um novo traçado das fronteiras entre os países. É nessa época, também que surgem importantes blocos econômicos, como a CEE, o Mercosul e o NAFTA.
O colapso do socialismo fortaleceu o capitalismo. Economicamente falando, é importante que realcemos a adoção, pela maioria dos países do mundo, do modelo neoliberal, com sua política privatizadora.
Um fato inusitado e chocante ocorreu no dia 11 de setembro de 2001: dois aviões comercias foram jogados por terroristas suicidas nas torres do World Trade Center, em Nova York, e um outro avião caiu no Pentágono, em Washington. Mais de 6 mil pessoas morreram. Essa tragédia comoveu o mundo e o país e mostrou a face de um inimigo antigo e agora muito mais audacioso.
 
ESTADOS UNIDOS X IRAQUE
Os ataques de 11 de setembro fizeram com que os EUA procurassem seus inimigos onde quer que eles estivessem.
O então presidente norte-americano George W. Bush demonstrou disposição em atacar o Iraque. O motivo alegado por Bush para essa guerra é de que o Estado iraquiano produzia e mantinha em seu território armas de destruição em massa.
A prisão do líder iraquiano Saddam ocorre quase nove meses após as tropas da coalizão lideradas pelos EUA terem iniciado a ofensiva conta o Iraque em 20 de março. O ditador foi achado e retirado de um buraco localizado numa área rural de Al-Daour, a poucos quilômetros de Tikrit, cidade onde ele nasceu.
As circunstâncias em que Saddam foi preso reforçou as suspeitas de alguns analistas militares de que ele tinha pouco ou nenhum controle operacional sobre os ataques diários contra as posições norte-americanas e de forças aliadas.

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