Ao conjunto dos valores culturais, econômicos, sociais e políticos das sociedades grega e romana denominamos civilização clássica.
Caracterizou-se por sua base comercial e escravocrata. A posição geográfica da Grécia e da Itália favoreceu tanto gregos como romanos com bons portos.
As heranças deixadas por gregos e romanos são as bases da civilização ocidental contemporânea.
As planícies gregas possibilitaram a formação de unidades políticas naturais.
O povoamento da Grécia se deu por meio de sucessivas invasões de povos indo-europeus.
Inicialmente, formaram-se os genos, que eram caracterizados pela propriedade coletiva da terra e pelo poder supremo do Pater familis (pai da família).
Os genos tiveram seu fim gradual devido à escassez de terras férteis. Então, e a sociedade foi dividida em classes. Surgem, consequentemente, as cidades-Estado.
As cidades-Estado gregas, ou pólis, eram independentes: cada uma possuía suas leis, costumes e administração política.
Uma característica da Grécia Antiga é que ela nunca teve um Estado unificado.
Das inúmeras pólis gregas, as que mais se destacaram foram Esparta e Atenas.
A cidade de Esparta fica na Lacônia, região da península do Peloponeso, e foi fundada pelos dórios.
Os esparciatas desenvolveram uma forte cultura militarista. Aos sete anos de idade, a criança espartana já se via envolvida em rígidos treinamentos de guerra.
A agricultura era a base da economia espartana. O comércio e o artesanato eram atividades proibidas aos esparciatas.
As leis espartanas, atribuídas ao lendário Licurgo, davam direitos políticos somente aos esparciatas, sendo o governo caracterizado, então, como uma oligarquia, ou seja, governo de poucos.
Atenas, fundada pelos jônios, localizava-se na Ática, próximo ao litoral.
Os atenienses foram obrigados a buscar recursos econômicos por meio do comércio marítimo.
Até o século VIII a.C., Atenas era governada por um rei.
A partir de então, os eupátridas (grandes proprietários de terras) tomaram o governo e estabeleceram uma oligarquia.
No século V a.C., Atenas oscilava entre os oligarcas, desejosos de manter seus privilégios, e os democratas, que os queriam ampla e radicalmente distribuídos.
Essa democracia não passava de uma oligarquia mais extensiva.
O auge da democracia ateniense se deu com Péricles. Foi um período de riqueza e produção cultural. Foi por meio da democracia que a sociedade ateniense se dividiu em:
cidadãos;
metecos; e
escravos.
Em Atenas valorizava-se o espírito crítico, o ideal de beleza e a politização do cidadão.
Esparta, de caráter militarista, objetivava a formação de bons soldados e a despreocupação com a complexidade das ideias (laconismo).
 
CULTURA
Os gregos nos deixaram como herança o Teatro, a Filosofia, o realismo artístico, a democracia, a História, a Matemática e a Física.
A religião grega era politeísta e antropomórfica, quer dizer, acreditavam em mais de um deus e estes tinham vícios e virtudes humanos. Além disso, o politeísmo não tinha dogmas.
Acreditava-se que os deuses podiam interferir no curso da humanidade.
 
GUERRAS MÉDICAS
A expansão grega chegou à Ásia Menor.
Várias colônias foram fundadas e logo a região passou a integrar o mundo grego.
 
Império persa
Passou a controlar essas cidades. A dominação não foi bem aceita e os gregos da Ásia Menor pediram auxílio a Atenas e a outras cidades.
Uma expedição contra Atenas foi destroçada em Maratona.
Xerxes, rei persa, organizou uma expedição que foi destruída na batalha marítima de Salamina.
Os gregos resistiram às invasões persas.
 
GUERRA DO PELOPONESO
As cidades-Estado, sob a liderança de Atenas, uniram-se e criaram a Liga de Delos. Cada cidade-Estado contribuía com tesouros, que só seriam utilizados no caso de uma invasão, pois as cidades pretendiam estar preparadas militarmente caso houvesse novo conflito.
Atenas utilizou os tesouros da Liga de Delos para formar um império, que proporcionou graves atritos com Esparta.
Depois de dez anos de luta, os atenienses, dizimados pela peste, sucumbiram.
Em 371 a.C. Tebas derrotou Esparta. O resultado foi o enfraquecimento da pólis e a invasão dos macedônios.
Chega ao fim a liberdade grega.
A Grécia é unificada.
O legado cultural grego foi assimilado e difundido por Alexandre, o Grande. A fusão da cultura grega e oriental deu origem à cultura helenística.
 
Roma Antiga
A península Itálica assume uma posição geográfica privilegiada.
Por volta do 2º milênio a.C., vários povos começaram a habitar o centro da península.
As origens de Roma estão associadas à construção de um agrupamento de aldeias latinas ao longo do rio Tibre.
A explicação lendária para a origem de Roma foi a de que fora fundada pelos irmãos Remo e Rômulo
 
MONARQUIA
Foi marcada pela dominação etrusca e influência grega.
A sociedade era dividida em classes antagônicas.
Os patrícios eram grandes proprietários de terras.
Os plebeus eram representados por comerciantes, artesãos e camponeses. Não tinham direitos políticos.
Os clientes eram plebeus que viviam de favores de um patrício.
Os escravos, por fim, eram prisioneiros de guerra.
 
REPÚBLICA
Roma aprimorou suas instituições políticas.
O Senado tornou-se o órgão político supremo da cidade. Eram os magistrados quem comandavam o Exército, julgavam os crimes, vigiavam os costumes públicos, convocavam o Senado e cobravam impostos.
Os plebeus se revoltaram para exigir mais direitos e criaram o Tribuno da Plebe.
Roma iniciou um processo de expansão territorial para conquistar toda a região mediterrânea.
Roma entrou em conflito com a poderosa Cartago.
Ao todo, foram 118 anos de guerra. Como os fenícios eram chamados de punis pelos romanos, essas guerras (ao todo três) ficaram conhecidas como Guerras Púnicas.
Derrotada, Cartago foi destruída, sua população escravizada e Roma abriu caminho para novas conquistas.
O mar Mediterrâneo passou a ser um lago romano (mare nostrum) e Roma tornou-se o maior império da Antiguidade.
Roma se tornou o centro do mundo.
O aumento do escravismo fez com que plebeus recém-chegados das guerras empobrecessem, gerando um êxodo rural. As grandes cidades ficaram abarrotadas de plebeus que não tinham muito o que fazer, gerando conflitos sociais.
A administração de vastas províncias abalou a estrutura romana,
O fim da República ocorreu após uma série de guerras civis e culminou com a vitória de Otávio Augusto sobre Marco Antônio em 31 a.C.
 
IMPÉRIO
Os generais destacaram-se como porta-vozes das mudanças.
Otávio Augusto centralizou em suas mãos o poder de todo o Império Romano. Ele recebeu do Senado o título de “Augusto”.
Sua ascensão ao poder marcou o fim da República e o início do Império. As principais reformas empreendidas por Otávio Augusto foram:

A partir de Augusto, houve um período de aproximadamente dois séculos e meio de paz e prosperidade.
No Alto Império romano, o governo civil desintegrou-se em 235 d.C. A partir desse momento, inicia-se a decadência gradual do Império romano.
 
Baixo Império Romano
Os imperadores-generais seguintes não conseguiram controlar todas as províncias. Houve desgaste no Exército e a corrupção alastrou-se.
O setor produtivo entrou em colapso, o Império viu-se à mercê dos povos bárbaros, que invadiram muitas províncias.
O Império Romano foi dividido em Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e Império Romano do Oriente, cuja sede era Constantinopla.
Roma não resistiu aos sucessivos ataques bárbaros.
O Império Romano do Oriente, que ficou conhecido como Império Bizantino, durou até 1453, quando os turcos conquistaram Constantinopla.
De caráter politeísta, a religião romana, aparentada com a grega, era um dos fundamentos do Estado. No período imperial, passou-se a venerar a figura do imperador.
 
CRISTIANISMO
No império de Augusto, nasceu, na província romana da Judeia, Jesus de Nazaré, o fundador do cristianismo.
Os cristãos eram monoteístas, não aceitavam a religião romana e o culto aos imperadores.
Eles pregavam a igualdade entre os homens e propunham a paz.
Nesta época, teve início a perseguição aos cristãos. No entanto, o cristianismo desenvolveu-se cada vez mais.
No ano de 312, o imperador Constantino liberou o culto em todo o império por meio do Edito de Milão. Assim, a organização do cristianismo ficou ligada à Igreja Católica Apostólica Romana.

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