A sintaxe estuda as relações entre as palavras nas frases. A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de organização dos enunciados a partir da decomposição dos elementos que constituem a frase.
Frase é qualquer enunciado que tem significado, sendo constituída de uma ou mais palavras. Pode ter ou não verbos.
Observação: quando a frase não tem verbo, é simplesmente chamada de frase.
Oração é uma frase que tem verbo (ou locução verbal).
A oração contém:
• apenas uma forma verbal;
• duas ou mais formas verbais, que constituem uma locução verbal.
A locução verbal é formada de: verbo auxiliar + verbo principal.
Período
É um enunciado formado por uma oração (período simples) ou mais orações (período composto). É a frase organizada em orações.
O período pode ser:
A) simples: quando é formado por só uma oração;
B) composto: quando é formado por duas ou mais orações.
Para ser analisado, o período deve ser dividido em orações, e, para identificar uma oração, devemos verificar o verbo que a compõe.
A análise sintática é o exame das funções de uma palavra ou de um grupo de palavras dentro de uma oração.
Os termos essenciais da oração são dois: sujeito e predicado.
SUJEITO
É o elemento da oração de que se declara alguma coisa. O sujeito classifica-se em:
• Sujeito simples: formado de um núcleo.
• Sujeito composto: formado de dois ou mais núcleos.
• Sujeito indeterminado: não se especifica ou não se individualiza com exatidão.
Oração sem sujeito (ou sujeito inexistente) é a que não indica de quem procede a ação significada.
Sujeito oculto é o sujeito que não vem indicado na oração, mas pode ser identificado.
PREDICADO: é aquilo que se declara do sujeito. O predicado classifica-se em:
• Predicado nominal: é uma expressão ou palavra colocada junto ao verbo de ligação e que se refere ao sujeito;
• Predicado verbal: é o verbo mais a expressão ou palavra que completa o sentido verbal;
• Predicado verbo-nominal: é o verbo mais a expressão que completa o sentido verbal e um predicativo (que pode referir-se ao complemento do verbo).
Verbos quanto à predicação
• Verbo intransitivo: é aquele que não pede complemento, pois já tem sentido completo. Ele, sozinho, constitui o predicado.
• Verbo transitivo: é aquele que pede complemento, pois não tem sentido completo. Chama-se transitivo direto quando pede um complemento ou um objeto direto. Chama-se transitivo indireto quando pede um complemento ou um objeto indireto.
• Transitivo direto e indireto: quando pede dois complementos ao mesmo tempo, um objeto direto e um objeto indireto.
• Verbo de ligação: é aquele que liga uma palavra ou expressão ao sujeito. Essa palavra ou expressão é chamada predicativo do sujeito.
PREDICATIVO
Há certos verbos que ligam uma palavra ou expressão ao sujeito. Esses verbos chamam-se verbos de ligação, e a palavra ou expressão é chamada de predicativo do sujeito.
O predicativo do objeto atribui características ao objeto, modificando-o. É exigido por certos verbos, tais como: “chamar”, “considerar”, “eleger”, “nomear”, “escolher”, “tornar”, “fazer”, “declarar”, “deixar”, etc. Pode vir precedido de certas preposições.
O predicativo pode ser:
• do sujeito; ou
• do objeto.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
COMPLEMENTO VERBAL
As palavras ou expressões que completam o sentido de um verbo são os complementos verbais.
OBJETO DIRETO
É o complemento que vem diretamente ligado a um verbo transitivo direto. O objeto direto não é regido por preposição.
Portanto, as palavras “banana” e “caderno” completam o sentido de verbos de predicação incompleta, daí o nome objeto direto.
Observação: não confunda objeto direto com predicativo do sujeito. Ouça a diferença:
O aluno é estudioso. (predicativo do sujeito)
O aluno estuda a lição. (objeto direto)
OBJETO INDIRETO
É o complemento que vem ligado a um verbo transitivo indireto por meio de uma preposição.
COMPLEMENTO NOMINAL
É o que completa a significação de um nome, que pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio de sentido relativo. O complemento nominal vem sempre regido por preposição.
Observação: não confunda complemento nominal com objeto indireto.
Agente da passiva: é o complemento dos verbos na voz passiva. No exemplo “Fui instruído pelo mestre”, a expressão pelo mestre indica a pessoa ou o ser que fez a ação e completa o verbo instruir, que está na voz passiva.
O agente da passiva é o sujeito da voz ativa.
O agente da passiva vem regido de preposição, que pode ser por, pelo e, às vezes, de.
Observação: não confunda agente da passiva com objeto indireto, nem com complemento nominal.
Termos acessórios da oração
Acessórios são termos que indicam circunstâncias da oração – enunciam um fato secundário que alarga ou restringe o significado das palavras e dão realce para levar a uma melhor compreensão da oração.
ADJUNTO ADNOMINAL
As palavras a, novos, esse, de irmão limitam a significação dos substantivos – daí o nome adjunto adnominal. Portanto, adjunto adnominal é a palavra ou expressão que modifica um substantivo, restringindo-lhe ou ampliando-lhe o sentido.
ADJUNTO ADVERBIAL
As palavras ou expressões cedo, a lápis, em São Paulo exprimem circunstâncias de tempo, de modo, de lugar, em que acontece alguma coisa, ou se realiza algum fato, daí o nome adjunto adverbial. Então, adjunto adverbial é uma palavra ou expressão que modifica a ideia contida num adjetivo, verbo ou advérbio. Os adjuntos adverbiais podem indicar ou expressar as mais variadas circunstâncias, tais como:
• de lugar;
• de tempo;
• de negação;
• de dúvida;
• de intensidade;
• de afirmação; e
• de modo.
Aposto
É uma expressão, palavra ou oração que especifica outro termo. Vem entre vírgulas ou separado por vírgula.
Vocativo
É a expressão ou palavra que encerra uma apelação de caráter exclamativo. O vocativo pode estar acompanhado da interjeição ó, de modo claro ou subentendido. Ele não pertence aos termos da oração já estudados; não faz parte nem do sujeito nem do predicado.
Exemplos: meu filho; meus amigos.