O Império Bizantino foi herança do Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla.
O auge do Império bizantino se deu com o imperador Justiniano. Após sua morte, o declínio foi inevitável. Esta época foi marcada por guerras contra povos bárbaros, corrupção e incompetência administrativa.
O principal legado de Justiniano foi o seu código de leis, conhecido como Corpus Juris Civilis. Ele é a base do Direito, com influência até hoje no mundo moderno.
O império teve seu fim quando os turcos, em 1453, conseguiram romper as até então inexpugnáveis muralhas e derrubar o último imperador.
A partir daí, Constantinopla passou a se chamar Istambul.
 
O QUE É ISLAMISMO, ISLÃ E MUÇULMANO?
O islamismo é a religião fundada pelo profeta Maomé no início do século VII d.C.
O Islã é o conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo.
O muçulmano é o seguidor da fé islâmica.
Em árabe, Islã significa “rendição” ou “submissão”.
A obrigação do muçulmano é seguir a vontade de Alá.
Salam, em árabe, significa “paz”. Esse termo surgiu por meio da obra do fundador dessa religião, o profeta Maomé, que dedicou a vida à tentativa de promover a paz em sua Arábia natal.
 
TODOS OS MUÇULMANOS SÃO ÁRABES?
Não. Há inúmeras distorções a respeito do Islã.
O Oriente Médio reúne somente cerca de 18% da população muçulmana no mundo.
Outros 30% de muçulmanos estão no subcontinente indiano.
20% localizam-se no norte da África, 17% no sudeste da Ásia e 10% na Rússia e na China. Há minorias muçulmanas em quase todas as partes do mundo, inclusive nos EUA e no Brasil.
A maior comunidade islâmica do mundo vive na Indonésia.
As raízes do islamismo vêm do profeta Abraão. O profeta Maomé, fundador do islamismo, seria descendente do primeiro filho de Abraão.
Moisés e Jesus seriam descendentes do filho mais novo de Abraão.
Abraão estabeleceu as bases do que hoje é a cidade de Meca.
 
OS MUÇULMANOS ACREDITAM EM UM DEUS DIFERENTE? 
Não, pois Alá é simplesmente a palavra árabe para “Deus”.
É o mesmo deus adorado pelos judeus, cristãos e muçulmanos.
Uma pessoa se torna muçulmana quando proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que “não há divindade além de Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus”. O processo de conversão é extremamente simples.
A jornada para a prática completa da fé, contudo, é muito mais complexa.
Uma minoria entre os cerca de 1,3 bilhão de praticantes da religião é adepta de interpretações radicais dos ensinamentos de Maomé.
A península Arábica fica entre a África e a Mesopotâmia e a maior parte do seu território é coberta por desertos.
Meca, a maior cidade árabe, é o local de peregrinação dos muçulmanos.
Maomé (570-632) conseguiu, por meio de sua pregação monoteísta, impor o culto a Alá. Ele era caravaneiro, portanto profundo conhecedor da região. Ele enxergou no monoteísmo uma maneira de promover a unificação política.
Enfrentou forte resistência.
O processo de conversão dos árabes ao islamismo – que significa subordinação a Alá – foi conturbado.
O fim do Império Romano do Ocidente significou para a Europa uma mudança radical em suas estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais.
 
Feudalismo
Os séculos IV, V e VI foram marcados pelas constantes invasões de povos bárbaros no Império Romano.
O exército já não dava conta da segurança.
A Idade Média é dividida em dois períodos:

As invasões bárbaras violentas provocaram a fuga da população das cidades. O campo era o único lugar seguro na Europa.
A sociedade era essencialmente rural.
Foi no Feudalismo que surgiram os castelos.
A maioria dos reinos bárbaros teve curta existência. O único que merece especial destaque é o Reino dos Francos.
Eles se estabeleceram na Gália (atual França).
 
Dinastia Merovíngia
Os francos eram descendentes de Meroveu.
Clóvis, que conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao cristianismo, obtendo, dessa forma, apoio da Igreja. Entretanto, ao longo do tempo, as constantes guerras e partilhas de herança levaram à divisão política do Reino Franco.
 
Dinastia Carolíngia
Carlos Magno foi o fundador dessa dinastia. Com ele, o Reino Franco atingiu o seu apogeu.
Magno obteve importante apoio da Igreja.
Mesmo analfabeto, Carlos Magno incentivou o resgate da cultura clássica, e esse período ficou marcado como Renascença Carolíngia.
 
O sistema feudal
Para escapar do caos que as guerras traziam os mais pobres procuravam a proteção dos grandes proprietários de terra. Em troca dessa proteção, os primeiros – servos – eram obrigados a trabalhar nas terras dos segundos – senhores. Essa relação de mão de obra era chamada de servidão.
A lealdade ao chefe era retribuída com a divisão dos saques de guerra (benefício), e principalmente das terras.
O feudalismo formou o sistema de suserania e vassalagem.
Esse sistema caracterizou-se como um regime de base econômica agrária fechada, com pouco comércio; de governo político descentralizado nas mãos da nobreza; de sociedade de castas, ou estamentos, na qual o que prevalecia era a condição de nascimento do indivíduo.
As obrigações dos servos para com seus senhores eram a Corveia, a Talha e as Banalidades.
O dízimo era pago à Igreja e correspondia a 10% de toda a produção dos servos.
A mentalidade do homem medieval era impregnada dos valores do cristianismo.
Aqueles que discordavam de seus dogmas eram considerados hereges e estavam sujeitos às severas penas impostas pelo Tribunal da Inquisição. O papa possuía enorme poder nessa época.
A Europa conheceu, a partir da Baixa Idade Média um período de relativa paz.
Novas técnicas agrícolas foram adotadas, o que gerou mais produtividade. A consequência disso tudo foi o aumento da população.
O modelo feudal já não comportava mais o excedente populacional. Os servos viram-se obrigados a morar nas cidades, ou, então, tornavam-se ladrões das estradas.
Os nobres, por não serem primogênitos, eram deserdados e perambulavam pela Europa.
A Igreja Católica decide organizar expedições militares, conhecidas como Cruzadas.
Ao todo, foram organizadas oito cruzadas:

As cruzadas promoveram a entrada na Europa de produtos orientais.
As antigas rotas marítimas do Mediterrâneo voltaram a ser operadas por comerciantes, principalmente italianos.
O aumento das atividades comerciais atraiu para as cidades boa parte da população camponesa europeia.
Surgiram pequenos núcleos comerciais chamados burgos.
As consequências do aumento imediato do comércio nas cidades foram:

O século XIV foi marcado por crises de fome, guerra, epidemias e rebeliões contra a ordem feudal e católica.
 
DECLÍNIO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Deu-se pela ocupação de terras pouco férteis, pelo mau uso do solo e pela falta de técnicas agrícolas.
O comércio nas cidades entrou em colapso e a fome espalhou-se.
 
A PESTE NEGRA
 A população europeia virou vítima da grande epidemia de peste bubônica. Um terço da população morreu.
 
GUERRA DO CEM ANOS (1337-1453)
A região de Flandres, hoje Bélgica, já era, na Baixa Idade Média, um importante centro de fabricação de lã.
Inglaterra e França estavam em disputa pelo controle dessa região. Isso culminou numa guerra sem precedentes.
Na Europa medieval havia milhares de peregrinos.
Até mesmo alguns nobres se transformavam em andarilhos. A cidade de Jerusalém era dominada pelos árabes muçulmanos, que por muito tempo não impediram os peregrinos de visitar o túmulo do filho de Deus.
Os europeus organizaram exércitos que marcharam até o Oriente Médio para arrancar Jerusalém dos árabes muçulmanos. Essa foi uma verdadeira Guerra Santa.
Essas expedições militares levaram o nome de cruzadas.
O projeto cruzadista teve apoio de muita gente, a começar pelo Papa.
Um conjunto de fatores muito complexos deu origem a esse movimento. Entre eles: a crise do sistema feudal, a influência da Igreja e o espírito religioso do homem medieval, a inclinação dos nobres às atividades guerreiras e seu interesse pelas terras do Oriente, o predomínio do poder papal após inúmeras crises e o desejo de reconquistar a Igreja separada do Oriente.
Os resultados das Cruzadas foram a introdução na Europa do gosto pelos produtos orientais, liberdade a muitos servos feudais e desaparecimento de muitos nobres, o que favoreceu a ascensão dos reis europeus.
 
CISMA DO OCIDENTE
Foram conflitos históricos entre o papado e os imperadores, que colaboraram para o acirramento da crise do século XIV.
Houve a transferência da sede do papado de Roma para sul da França.
No mesmo período, aumentaram as heresias.
 
AS REVOLTAS CAMPONESAS
Ficaram marcadas pela exploração servil, baixa produtividade agrícola e manifestações contrárias à ordem feudal.
Apoiados pela burguesia, os reis, antes meras peças políticas decorativas, aumentaram gradativamente seus poderes e incentivavam a busca de novos mercados por meio da navegação marítima. O capitalismo comercial passou a substituir o feudalismo.

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